segunda-feira, 31 de maio de 2010

GP da Turquia

Fim de semana do Grande Prêmio da Turquia de Fórmula 1 e  as características dessa temporada se mantiveram: a RBR a favorita para levar o título e a Ferrari fazendo turismo. 

No maneiríssimo circuito turco a RBR confirmou que veio para disputar o campeonato e faria uma dobradinha se não fosse a batida entre seus dois pilotos na volta 40. Confesso que quando vi pela primeira vez estava convicto de que a culpa foi só do Vettel. Mas depois de ver o lance da disputa entre os pilotos da McLaren que ouve logo depois passei a achar que o Webber também foi imprudente.

Pouco depois do lance entre os pilotos da RBR os da McLaren  tiveram um momento bem parecido, com uma única diferença: evitaram um acidente. Hamilton abriu e deixou o Button passar e depois ultrapassou novamente para conseguir a vitória. Talvez devesse ser essa a atitude de Webber, que acabou em terceiro, na disputa com Vettel, que saiu da prova.

Já a Ferrari continua fazendo turismo pelos circuitos. Massa terminou em sétimo e Alonso em oitavo. Atrás do Kubica e das Mercedes. Quem tem melhorado é o Schumacher que terminou na frente do Rosberg. De qualquer jeito tanto a Ferrari quanto o Schumacher não chegam nem perto do que já foram há algumas temporadas.

Dia 13 de julho é o Grande Prêmio do Canadá em Montreal, em pleno clima de Copa do Mundo!

domingo, 30 de maio de 2010

Frase da Semana

"Não há nada mais inútil do que fazer de forma eficiente o que não deveria nem ser feito".

(Peter Druker)

sábado, 29 de maio de 2010

Promoções de Copa

 Uma das coisas mais legais em ano de copa do mundo são as promoções que as empresas fazem, especialmente aquelas que trabalham no ramo alimentício. A do Mc Donald's já é uma clássica, daquelas que todo mundo espera que aconteça.

O nome é Favoritos Copa do Mundo da FIFA. Cada dia tem uma promoção com um hambúrguer de um país. Segunda é da Espanha, terça da Argentina, quarta da França, quinta do Brasil, sexta dos EUA, sábado da Itália e domingo da Alemanha. Só comi dois até agora; Argentina e Brasil. Se juntar os dois dá um clássico sul-americano!

Gostei muito do Mc Argentina. Não é nada surreal, surpreendente, mas vale a pena ser provado. Já o Mc Brasil foi difícil de acabar, viu? A carne é de pernil moído e temperado, mas no final não tem gosto de nada. Muito ruim mesmo. Ainda bem que vendem só no Brasil, porque senão iam pensar que essa é a comida brasileira.

Outra promoção legal é a da Sadia: Família de Sabores. Sete produtos da linha semi-pronta especiais para Copa do Mundo. Da França é penne ao molho de queijos, da Itália é lasanha ao fungui, da Inglaterra é nugget de batata crocante, Japão é x-frango teriyaki, EUA é pizza peperoni e do Brasil são hambúrguer de picanha e pedaços de frango assado.

Da Sadia eu provei mais coisa: a pizza, o penne e o nugget. Todos muito bons, como quase tudo da Sadia. A pizza é bem parecida com pizza americana mesmo, o penne é com o molho da lasanha de quatro queijos (que eu particularmente gosto muito) e o nugget é algo que eu nunca tinha visto ou ouvido falar. Ele é um purê de batata temperado coberto com a casquinha de nugget. Uma delícia. 

Espero agora provar o restante. Quem já tiver provado algum deixe seu comentário para me estimular ou desestimular!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Séries que marcaram (marcam) a minha vida!

Algumas séries sensacionais e que mudaram (mudam) minha vida, e lógico, porque!

Chaves e Chapolin: não consigo imaginar minha infância sem o Chaves e o Chapolin. Impressionante como essa série continua cativando as crianças (e os adultos!). Eu por exemplo não perdia o chaves: comia vendo Chaves, brincava vendo Chaves. Adorava meu óculos/canudo do Chaves (onde foi parar?). Alguns não gostavam muito do Chapolin. Eu gosto muito dos dois! Adorava ver o Chapolin porque não era o mesmo cenário, os atores faziam personagens diferentes e tinha umas histórias... quem não lembra dos aerolitos? Ou do Tripa Seca? 

Outros seriados que faziam eu parar tudo quando era criança eram Jaspion e Changeman! Nossa como eu gostava. Isso sem contar os robôs e a lutas dos bonecos numa maquete gigante. Tudo muito tosco, mas ao mesmo tempo genial! Isso sem contar que originou inúmeros outros seriados: Flashman, Jiban, Jiraya, Power Rangers...
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Na minha época de adolescente não tinha um garoto que não acompanhasse Cavaleiros do Zodíaco! Foi realmente uma febre. Foi o único álbum de figurinhas que completei e tinha três bonecos: o de câncer, o de escorpião e o de dragão. Eu preferia o Shiriu que o Seya. Achava ele mais manero e menos metidão!

Arquivo X eu só acompanhei no começo, quem era viciado mesmo era meu pai. Mas lógico que ia de rebote e vi muitos episódios com eles. Era muito manero ver toda aquela teoria da conspiração e sempre ficar na dúvida se aquilo era científico, místico ou alienígena (lembra alguma outra série?).

Outra série que meu pai que me iniciou! Mas essa eu aprendi a gostar e  gosto muito até hoje, apesar de nunca ter visto inteira: Star Trek. Mas a Star Trek: The New Generation, até porque essa é a da minha idade, ele acompanhava a original com o Kirk! O que eu sempre gostei em Star Trek foi como eles analisavam os seres humanos a partir do seu reflexo em outras "espécies alienígenas", além de nos mostrar o quanto podemos ter medo do desconhecido e do diferente.

Friends é a série favorita de muita gente. Não sei se é a minha série favorita, mas com certeza é a minha série favorita de comédia. Impressionante como ela consegue ser engraçada com coisas do dia a dia e como nos identificamos com cada personagem. Quem nunca teve um amigo doido que nem o Joey ou com mania de limpeza como a Mônica? Quem nunca teve problema com o namorado(a) novo de uma amigo ou então num novo emprego?

Two and a Half Men é uma série politicamente incorreta. E por isso é brilhante, sai do lugar comum e mostra situações que provavelmente nunca iremos viver. Se Friends é marcante por criar uma identificação Two and a Half Men marca justamente pelo contrário.

Uma série médica como nenhuma outra. House é um pouco uma série de investigação por suas doenças misteriosas, um pouco uma série de comédia pelo comportamento rabugento e anti-social do dr. House e um pouco uma série sobre pessoas, devido aos complicados relacionamentos. O melhor é ver House fazer muitas das coisas que nós sempre quisemos fazer e não podemos!

Eu sei que falei mal para caramba da série na última semana, mas não podemos jogar fora tudo que ela foi durante 5 temporadas por causa da sexta. Lost revolucionou o mundo das séries e fez o que nenhuma outra conseguiu: deixar a gente discutindo cada episódio até vermos o próximo.


Eu fui um retardatário em 24 horas. Quando ela estreiou eu vi alguns episódios soltos na Globo e não conseguia gostar (até porque não entendia). Quando começou a sexta resolvi ver desde o começo e não consegui parar mais. Vi a sexta, a sétima e a oitava. Nesse meio tempo aproveitei para ver a primeira, a segunda e a terceira. Ainda estou no meio da quarta e falta a quinta. Mas acho a série sensacional. E isso por um único motivo: te prende na frente da tela. Você fica tenso esperando para ver o que acontecerá em seguida e como eles vão fazer o Jack sair daquela situação aparentemente sem saída. Hoje em dia  sem dúvida é a minha favorita!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O problema da renovação política brasileira



Ontem conversava com um amigo meu sobre política, especialmente a política brasileira. Tentávamos entender porque tantos políticos notoriamente desonestos e corruptos continuam sendo eleitos e porque é tão difícil fazer uma renovação não só de pessoas, mas principalmente de métodos e princípios.

Convenhamos que os Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário) são aqueles que menos cumprem as leis e a Constituição brasileira. Existe uma impunidade generalizada no Brasil que parece não terminar nunca. Nós vemos denúncias na TV, "processos" instaurados e nada acontece.

O pior é que muitas vezes os próprios políticos tratam crimes como se fossem algo natural. Há algumas semanas o CQC da Band colocou um GPS dentro de uma TV de plasma e doou para um prefeitura do Estado de São Paulo (http://bit.ly/bAaL2I). Acompanharam algum tempo onde a TV estava e depois foram ver qual era o local. Resultado: a televisão ficou durante dois meses na casa de uma funcionária da prefeitura. Ao entrevistar o prefeito ele agia como se nada de errado tivesse acontecido. Num país sério esse prefeito teria demitido imediatamente a funcionária, e não agido como se isso fosse algo natural.

Um outro caso emblemático foi o do governador de Brasília. Depois de muita confusão numa eleição indireta realizada pela Assembleia Legislativa foi eleito um governador que foi secretário dos dois últimos governos e os dois envolvidos em escândalos. Sabe o que ele disse sobre isso? "Não tenho problema em dizer que fui secretário e participei dos governos de Roriz e de Arruda. Vou usar minha experiência em prol de Brasília". No mínimo ridículo!

Como resolver isso? Sinceramente não sei. No nosso modelo político-eleitoral o grande fiscalizador das atitudes dos agentes políticos é o eleitor. Isso nos levaria a crer que a culpa seria do povo e ponto! A ele caberia a responsabilidade de mudar a situação.

Mas isso não é inteiramente verdade. O modelo existente favorece a exploração da ignorância e das necessidades de muitos. Estes são enganados na hora de votar por campanhas de marketing que vendem até gelo a esquimó e pela imensa dificuldade de fiscalização do que foi feito nos 4 ou 8 anos anteriores. Outros por verem suas necessidades básicas sofrerem uma melhora se iludem e votam naquele que dá o peixe, mas não dá o anzol para pescar.

Além disso o esquema partidário atual se baseia em troca de favores e de cargos. Um presidente não governa se não tiver uma base no Congresso e para isso precisa "lotear" alguns ministérios. Para piorar quem aprova as leis que regulam os agentes políticos, incluindo salários e punições, são esses mesmos agentes. Isso cria uma "trava" para as reformas necessárias, como podemos ver pela dificuldade de aprovação do projeto "ficha limpa" e as reformas política e tributária que não saem do papel.

Sem dúvida o melhor seria a população acordar e passar a votar melhor. Mas ao mesmo tempo os políticos se esforçam para que a maior parte dos eleitores permaneça do jeito que está. Como resolver isso?

Outra análise interessante sobre o final de Lost...


Final da série “Lost” surpreende os seguidores com leitura católica

"O jornal espanhol La Razón publicou uma análise sobre o último capítulo da série de televisão Lost (Perdidos), que narra as experiências dos sobreviventes de um acidente aéreo em uma misteriosa ilha. Segundo o jornal, a série que durante seis anos manteve “no suspense os milhões de espectadores foi concluída com uma leitura católica”.
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No artigo titulado “De ‘Perdidos’ ao céu”, os jornalistas Mar Velasco e Pablo Ginés explicam que “há dois tipos de fãs” de Lost: “os que acreditam que seu valor está na trama e os que acreditam que este reside em seus personagens. Para os primeiros, o final da série foi, em certo modo, decepcionante. Sim, os roteiristas poderiam ter resolvido as muitas incógnitas que restavam (e restarão) por ser resolvidas. Entretanto, para os segundos, a conclusão foi um broche de ouro”.
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Os autores consideram que o capítulo final de Lost resolve o aspecto “essencial, o que corresponde ao coração do ser humano, ao significado e ao valor de sua vida e a sua capacidade para ser ‘salvos’”.
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“No momento crucial da vida, o ‘homem de fé’ supera o ‘homem de ciência’. A transcendência abre caminho e, apesar de certo sincretismo e da comemoração a todos os credos (a vidraça com símbolos de todas as religiões), o faz em chave cristã. Não em vão a figura do Ressuscitado aguarda os ‘perdidos’ quando estão a ponto de alcançar a plenitude que se encontra do outro lado de uma capela especificamente católica”, indicam.
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No último capítulo, a misteriosa ilha é revelada como um lugar físico real “no qual os personagens ‘são resgatados’ de suas frustrações e de seu passado, embora o preço que tiveram que pagar fosse a entrega de sua própria vida (Locke, Jack). No cristianismo, esta ‘ilha’ é nosso mundo físico, no qual peregrinamos os homens e no que Jesus Cristo ‘redime’ no ato de sua entrega na cruz”, explicam os autores.
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A última temporada de Lost se caracterizou “pela criação do que se pensava que era uma ‘realidade paralela’ e que finalmente se revelou como um ‘purgatório’, onde cada um ‘re-criava’ a vida que teria desejado viver no mundo: Jack é um bom filho e um bom pai; Kate é inocente; Sawyer é um policial bom, Benjamin é um carinhoso professor… Quando se ‘reconhecem’ entre eles e descobrem que estão neste ‘purgatório’, para alguns se abre a porta da ressurreição e a eternidade (a ‘Luz’ ao outro lado da capela), enquanto que outros devem seguir ‘purgando’ porque ainda ficam assuntos por resolver (Ben, Eloise, Ana Lucia…). Esta idéia é mais cristã que budista: enquanto que no ‘bardo’ budista se fala de um estado intermédio no qual a consciência cria uma ilusão ‘má’ da que deverá liberar-se, na série este processo é ‘bom’ e ‘curador’”.
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Do mesmo modo, “o amor não só entendido como ‘eros’, o amor possessivo, mas sim como ‘agapé’, o amor que busca o bem do outro: ‘Jack, espero que alguém faça por ti o que você fez por mim’, diz Locke no momento de maior entrega. O perdão é outra das chaves deste final, que se impõe em uma das cenas mais importantes de toda a série: Locke, que foi assassinado por Ben, encontra-se com ele pouco antes de ir à eternidade: ‘John, sinto muito pelo que eu te fiz: fui egoísta e ciumento, queria tudo o que você tinha’. Locke responde: ‘Se para algo isso te serve, Ben, eu te perdôo’. ‘Obrigado, John. Isso me ajuda. E me serve muito mais do que você possa imaginar’”.
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A série termina com o sacrifício do personagem principal. “Jack oferece sua vida para salvar a outros. Ele, que nunca acreditou nas propriedades da ilha, termina por compreender a outro amigo, Locke, que teve que morrer para mostrar a ele o caminho. Um sacrifício que, ao final, adquire todo seu valor e sentido. Também o sacrifício de Desmond, o personagem que nos leva da mão pelo bom caminho: ‘Nos vemos em outra vida, irmão’”."
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Retirado de Ignem in Terram (http://bit.ly/czeROj)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Seleção embarca para a África do Sul! Rumo ao desatre?

Hoje a seleção brasileira de futebol embarcou para a África do Sul depois de uma paradinha em Brasília. Não vou nem comentar a desnecessidade de parar para falar com o presidente. Quero falar é do Dunga.

Primeiro de tudo: o que o Dunga fez para merecer ser o técnico da seleção? NADA! Absolutamente nada! Nunca tinha sido técnico. A estreia dele foi como técnico da seleção. Não estava acostumado a lidar com imprensa, a motivar os jogadores, a preparar taticamente um time, etc.

Alguns podem dizer que isso tudo não tem mais importância devido ao "bom retrospecto" que ele teve na seleção. Eu discordo veementemente. Não acho o retrospecto bom. Ganhamos um Copa América que não tinha uma seleção que prestasse, uma Copa das Confederações em que o time da final foi os EUA (se ainda fosse no basquete!), um monte de amistosos que só importavam para a gente e sofremos durante um bom tempo nas eliminatórias. Não tivemos um teste de verdade, como teremos agora.

Até porque a Copa é uma competição totalmente diferente de qualquer outra. A disposição e a motivação que as outras seleções vão ter agora serão outras. Isso sem contar que o tempo de preparação não se assemelha com o de nenhuma outra competição. Esse é o objetivo final, todo o resto é simplesmente o caminho. Por isso acredito que não podemos nos basear pelos resultados, mas como eles foram construídos.

E esse é o meu medo. Acho o Brasil, mal escalado, sem criatividade e com somente duas armas; contra-ataque e bola parada. Se formos contar que todo mundo tem medo do Brasil e vai jogar na defesa o tempo todo, quem vai ser o jogador criativo que poderia mudar o jogo com um lance? NINGUÉM! O Brasil hoje é uma seleção sem plano B, com um técnico que só enxerga um palmo a sua frente e um time extremamente limitado.

Fácil saber onde eu acho que o Brasil vai chegar, né? Se bobear nem na segunda fase! Não tenho muita esperanças de um bom resultado. Sem dúvida é um time que vai lutar muito, bem ao estilo que nós nos acostumamos com o Dunga como jogador. Mas boa vontade é muito diferente de bons resultados!

Se vou torcer pelo Brasil? Claro. Se vou achar estranho um mau resultado? De jeito nenhum. Torcemos pelo melhor, mas nos preparamos para o pior. E que venha a Copa!

Vou tentar comentar o pré-Copa e os jogos por aqui, acompanhem!


Exatamente o que eu acho sobre o final de Lost!!!

 
O editor da @revistasuper, @aversignassi, comenta o final de Lost:

"Foi passar meia-dúzia de episódios da primeira temporada para todo mundo ter certeza de que a ilha era o purgatório (o lugar onde você tem que fazer estágio antes de ser aceito no céu). Tinha sentido: os primeiros flashbacks mostravam os pecados e as frustrações de cada personagem. E a ilha era o lugar das redenções. Purgatório.
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Seria um bom final para uma minisérie com uma dúzia de capítulos. E era para ser isso mesmo: os produtores tinham certeza de que Lost não passaria da primeira temporada, disseram isso várias vezes.
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Mas aí veio o problema: o povo gostou demais da série. E os produtores ganharam um contrato para continuar por anos no ar (num primeiro momento, a ABC queria que Lost fosse eterno, enquanto durasse a audiência). Mas e agora? Como enrolar anos pra terminar com um final que todo mundo já tinha adivinhado?
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Desmentir esse final, ué! Foram várias entrevistas dizendo que, não, eles não estão mortos. Que tudo ali era real e blá blá blá. Segundo passo: bolar histórias que se fechem em si mesmas, na medida do possível, enquanto o final original, o do purgatório, esperava na geladeira. E aí tome estações da Dharma, vila dos outros, tribo dos hostis, estátua, templo, Jacob, Samuel… Ah, pegadinha: esse era o nome do Homem de Preto nos scripts. Só não usaram na história para fazer charme, para inventar “mistério” onde não havia nada.
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Aí veio o último capítulo e descobrimos que realmente não havia nada.  A cabeça dos criadores estava vazia. Todos os mistérios importantes eram falsos. Tinham sido concebidos sem conclusão. Claro. Se a ideia original era a de que a própria ilha fosse o purgatório, quando ela deixa de ser, por decreto dos produtores, ela própria deixa de fazer sentido. Por isso a série acabou sem falar nada sobre a natureza mitológica da ilha. Transformaram ela num mundo “Caverna do Dragão”. Uma terra sobrenatural sem um propósito convincente.
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E aí… chegou a hora de o programa terminar. Mickey Mouse tinha que partir. E o que fizeram? Em vez de bolar alguma coisa que amarrasse o mínimo que fosse as (ótimas) histórias que tinham criado para ganhar tempo, os produtores pularam fora do próprio barco. Resolveram manter aquele que seria o final original. Mas com outro purgatório, a realidade alternativa, já que a ilha tinha ganho o status de “lugar real”.
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Fizeram provavelmente o mesmíssimo final que tinham na cabeça lá atrás. Christian Shephard é a maior evidência disso. Vemos o caixão dele vazio logo no comecinho da série. E o próprio Christian surge para Jack no mato – mas ainda sem falar nada.
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Ele só falaria no final da primeira e única temporada imaginada originalmente para Lost. A cena: Jack encontraria Christian na praia (ou em uma eventual igrejinha que tivessem contruído na ilha). E…
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- Pai, o que vc está fazendo aqui se está morto?
- O que VOCÊ está fazendo aqui, Jack?
- Então eu morri! Todo mundo aqui morreu…
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Fim.
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E seria bom. O problema foi colocar esse final agora, improvisado, como se nada tivesse acontecido entre a primeira e a última temporada.
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É disso que boa parte dos fãs reclamou. Só que, na real, não aconteceu nada mesmo entre a primeira e a última. Histórias inconclusivas não são histórias. São passatempos. As viagens no tempo, os templos, a coisa de apertar o botão a cada 108 minutos para salvar o mundo… Foram brincadeiras bem legais. Mas soltas, sem nenhuma relevância para a história que tinham para contar.
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Vender essas brincadeiras como elementos que formariam uma saga foi estelionato. Para piorar, a própria Lostpedia estava cheia de idéias de fãs que dariam conta de resolver tudo. De fundir aquela miríade de histórias sem pé nem cabeça numa narrativa coerente. A criatividade coletiva dos fãs tinha ultrapassado com folga a dos produtores. Mas eles preferiram fechar os olhos. Para um pecado desses, não tem purgatório."

Retirado do site da Revista Super Interessante (http://migre.me/IPTq)

terça-feira, 25 de maio de 2010

O melhor final de série do ano!

Com spoilers!

Novamente eu não sei por onde começar, mas dessa vez por um excelente motivo: vi hoje o final de 24 horas. Posso dizer que Jack Bauer salvou minha semana televisiva. Foram duas horas de tensão, comigo desesperado para saber o que ia acontecer em seguida, tudo no melhor estilo 24 horas. Isso que espero de um final de série (e não de uma simples temporada), que honre aqueles minutos, horas e anos que passamos acompanhando, que possa ter o espírito, o estilo, daquilo que nós aprendemos a gostar e se tornou parte de nossas vidas.

E tudo isto foi cumprido com perfeição. Tudo bem que a temporada começou meio lenta e com muitas críticas. Mas eu digo que gostei. De qualquer jeito pegou um embalo na reta final e vimos um Jack Bauer como nós estávamos acostumados, impedindo mais uma bomba nuclear de explodir e tentando salvar o presidente Hassan.

Depois da morte do presidente e do assassinato da Renee vimos acontecer a única coisa que faltava na vida do Jack: ser completamente abandonado pelo governo americano e buscar justiça com sua próprias mãos. Como the avenger ele começa a desmascarar a farsa russa e vai matando um a um os responsáveis por todo aquele dia. E como foi sensacional ver um Jack Bauer sem limites, usando todos os meios a seu alcance e prevendo cada passo como num tabuleiro de xadrez.

E teria matado até o presidente russo se não fosse a intervenção de Chloe, aquela que como Jack mesmo disse sempre lhe deu cobertura. Conseguiu traze-lo de volta a razão, numa última tentativa de dizer a verdade sem começar uma guerra nuclear com a Rússia. O plano falha, mas a gravação de Jack para a filha explicando tudo que aconteceu é a última gota que faltava para que madam president caísse em si e resolvesse contar a verdade e cancelar o tratado de paz.

A essa altura ele está para ser executado por capangas do ex-president Logan, quando a presidente consegue evitar sua morte e lhe dá alguns minutos para fugir dos americanos e dos russos e se refugiar em algum outro país.

O que faltaria? Vimos muito daqueles personagens que fizeram parte da história (só faltou o Tony): Kim, (com sua nova família) presidente Logan (que terminou seus dias como um vegetal), Chloe (como chefe da CTU), todos de forma natural e integrados ao enredo da temporada. Vimos o Jack de várias formas possíveis: como pai protetor, como agente federal, como vingador, como fugitivo e acima de tudo, tivemos um desfecho para o personagem condizente com tudo que ele sempre foi: um solitário, que só era capaz de fazer aquilo tudo porque nunca conseguiu ter uma vida comum com ninguém. E lá vai ele novamente.

Por fim, tenho que dizer que foi excelente o final com o relógio digital que virou marca da série numa contagem regressiva ao invés de marcar o horário. Foi emocionante ele diminuir e sabermos que não veremos mais  24 horas, pelo menos não mais como uma série de TV.


2 vídeos imperdíveis sobre o final de Lost

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Maurício comentando o final de Lost: http://bit.ly/dfj0bi

Mistérios de Lost: http://tinyurl.com/23r535r
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

O final frustrante de Lost!

Com spoilers!


É até difícil de começar sabia? E isso não é nada bom... Pelo menos já elogiei a série no último post, porque neste só vai ter um elogio: muito boa a última cena. Gostei de terminar do jeito que começou, com Jack no bambuzal e o Vincent lambendo ele. Isso foi legal, já o resto...

Sabe para mim o que é pior? Me senti enganado! Foi pior do que campanha eleitoral. Nas eleições você depois de 4 anos percebe que não cumpriram o que te prometeram. Em Lost foram 6 anos. Tudo bem, valeu a pena a diversão até a quinta temporada (especialmente as três primeiras). Algumas partes da sexta também foram legais. Mas me colocaram num caminho muito manero que acaba na novela das oito.

Pois é, novela das oito! Porque aquele final todo mundo junto e feliz foi pior que novela do Manoel Carlos. Lost nunca foi assim. Mudaram as regras no meio do jogo e é muito difícil aceitar isso. Eu esperava uma última temporada condizente com o que série propunha. Achava que os mistérios e suas soluções parciais iriam fazer alguma diferença, mas não fez.

Tudo que a gente acreditou durante 6 anos era mentira. No final o monstro de fumaça era um cara sem nome que foi sacaneado a vida inteira pela mãe maluca e o irmão lerdo. Esse irmão ainda inventou que se ele saísse ia acabar com o mundo! Custava deixar o cara sair da ilha, Jacob? Outra, sabe aquela ilha? Era a rolha do inferno, LITERALMENTE. Sério que não tinha nada melhor para fazer com a ilha Damon e Carlton? Sabe o protagonista, aquele médico que muitas vezes você queria jogar na escotilha e trancar ele lá? Bem, ele viveu para ser o guardião (guardião do que mesmo? alguém sabe?) por algumas horas e morrer recolando a rolha no seu devido lugar. Sabe o Locke, aquele cara especial? Aquele que tinha uma missão? A missão dele foi morrer enforcado pelo Ben. Só. Fala sério.

Isso sem falar na realidade paralela. Um lindo e mágico... "purgatório" da novela das oito. Tinha jeito pior e menos criativo de terminar a série? Com uma dica que umas três bilhões de pessoas deu logo nos primeiros episódios. Que falta de criatividade, né? Outra coisa, todo mundo tá com a aparência de quando morreu, ou seja, ninguém viveu muito!

Eu tenho alguns finais melhores, viu? Primeiro joga fora a realidade paralela, alternativa, do que você quiser chamar. Não serviu para nada, a não ser encher linguiça. Depois eu iria fazer o final ter a ver com o que a gente viu ao longo das outras temporadas! Ia ser legal, né? Eu faria o Jacob ser alguém conhecido, que tal o Aaron (ele só serviu para deixar a Claire doida e a Kate desesperada?)? Ou o Walt (os poderes dele não tinham nada a ver com nada, né?)? Ou até o Locke (essa foi minha aposta durante duas temporadas!)? 

Se fosse o Aaron iria explicar MUITA coisa. Explicaria porque o Oceanic 815 caiu na ilha (para ele chegar lá), porque o Jacob ficava brincando de esconde-esconde, (para ninguém descobrir que era ele) e porque o Christian Sheppard aparecia tanto (era o avô dele!). 

Eu juro que achava as peças iriam se juntar no final? Mas depois eu descobri que MUITAS das peças do quebra-cabeça estavam ali a toa. Assim é fácil, né?! Isso sem falar na Dharma, nos Outros, na cabana, no templo, na amiguinha de infância do Ben, no Widmore,  na Eloise. Tem uma coisa que me deixou particularmente revoltado? Aquela bomba que explodiu no final da quinta temporada não serviu para absolutamente nada! Não fez diferença nenhuma, só mandou eles de volta para o "presente". Não mudou nada.  Sabe o que parece? Que na verdade eles planejaram dez temporadas e tiveram que cortar tudo para caber em seis. Aí falaram: fica esse negócio aí mesmo!

Eu tenho uma sugestão: esquece que houve a sexta temporada. Ela foi um pesadelo do Jacob quando criança. E faz uma inteiramente nova, do zero! Não é uma boa ideia?! Queria que o final fosse melhor, mas é o que temos. Como isso não vai acontecer, só resta dizer tchau para a série.


Hoje tem o final que vale a nossa atenção: 24 horas! Amanhã eu comento!

O final de Lost!

Sem spoilers!

Há meia hora começou na TV americana o último episódio de Lost. Não vou comentar o episódio neste post, vou deixar para depois de ver o episódio (claro!). Mas gostaria de antes de poder criticar ou elogiar a série fazer alguns comentários gerais sobre ela.
Primeiro não podemos negar a importância e influência que Lost teve nas séries e na TV. Com influência direta de séries novas (24 horas, Arquivo X) e antigas (Além da Imaginação) conseguiu criar um novo formato de contar a história, aliando sempre ação, mistério e suspense. Com certeza a história da TV tem um marco que é Lost.
Tanto é que Lost foi a grande promotora das legendas e séries distribuídas gratuitamente pela internet. Isso sem falar na montueira de sites e blogs que se existem atualmente só para comentar, debater e repercutir a série. Pela primeira vez uma série deixou de influenciar e existir somente na TV e invadiu a internet.
Por isso tudo o final da série é um evento tão importante. No meu twitter tiveram inumeros posts só sobre o final da série. Um já até alertava: "Também recomendamos para aqueles que irão demorar para assistir o episódio que evitem acessar a internet até assisti-lo". Quem acompanha a série sabe, não veja nada de Lost na internet antes de ver o episódio, porque senão você vai acabar vendo mais do que queria.
Então vamos ao que interessa: o que eu espero de The End!? Bem espero que seja fiel aos finais de temporada da série. Vamos relembrar alguns para entender melhor o que eu estou dizendo:

Primeira Temporada (Exodus): a escotilha finalmente é aberta, enquanto a jangada é atacada. Terminamos a temporada perguntando quem e porque atacou a jangada e o que existia dentro daquela escotilha.


Segunda Temporada (Live Together, Die Alone): Alguns Losties são capturados pelos Outros, enquanto Locke deixa de apertar o botão fazendo com que a escotilha exploda pelos ares. Ficamos nos perguntado o que afinal aconteceu depois daquela explosão? O que são os outros? O que eles vão fazer com os Losties?



Terceira Temporada (Through the Looking Glass): Esse foi sinistro. Os Losties conseguem falar com o cargueiro depois que Desmond e Charlie desbloqueiam as comunicações. No final descobrimos que o barco não é o da Penny e que o flashback na verdade era um flashforward. Grandes perguntas: quem foi que morreu? Que barco era aquele e o que ele tava fazendo na ilha? Quem estava morto no flashforward? E lógico: COMO ELES SAÍRAM DA ILHA?

Quarta Temporada (There's No Place Like Home): Nesse a ilha é movida! Além disso o cargueiro explode e os "Oceanic 6" deixam a ilha. Na realidade paralela o Ben reuni todos para voltarem para Ilha. Perguntas: como eles voltarão para ilha? Como "Jeremy Bentham" morreu? O que vai acontecer na Ilha sem os 6 e depois de ser "movida"?


Quinta Temporada (The Incident): Enfim conhecemos Jacob e o homem de preto. No passado Juliet consegue explodir a bomba e no presente Jacob é morto por Ben. O que vai acontecer com Jacob morto? Quem é o homem de preto? Porque Jacob encontrou cada um dos Losties? O que vai acontecer com aqueles que estão no passado?


Deu para recapitular? Isso é o que eu espero do final de Lost, acabar o episódio e eu falar: "Sinistro! Nunca ia imaginar isso". Porque isso que sempre foi Lost: mistério e surpresa. Fugir do óbvio. E nessa temporada tivemos muito pouco disso. Não quero mistérios resolvidos. Concordo que algumas coisas tem que ser deixadas no ar, mas do jeito certo. Com as pistas certas e de forma que possamos chegar as conclusões. Vamos ver se é isso que vai acontecer. A essa hora está acabando o episódio. Depois comento o que eu achei dele e como eu faria o final de Lost!

Amanhã comentário de Lost S06.E17e18 - The End

domingo, 23 de maio de 2010

Frase da Semana

"Aquilo que é moralmente errado não pode ser politicamente correto".

(Citação no topo de um dos edifícios do Capitólio - Washington DC, EUA)

sábado, 22 de maio de 2010

A final da Liga dos Campeões

Hoje foi o final da Liga dos Campeões, Inter de Milão x Bayern de Munique. Não posso dizer que foi um jogaço. Muito mais interessantes de ver foram os jogos do Santos x Grêmio pela Copa do Brasil. Não vi até hoje um jogo da Inter de Milão que fosse bonito de ver, afinal o Mourinho (técnico da Inter, esse cara aqui em cima) só joga no contra-ataque.
E não é só ele que faz isso.  Está cada vez mais na moda esse tipo de jogo ataque x defesa, tendo resultados muito eficientes, visto a própria Inter campeã esse sábado. Mas para mim que sou espectador não agrada nem um pouco.  Torci pelo Barcelona na semi-final e acho que seria um campeão com futebol a altura do título.
Mas você pode estar pensando: beleza, e daí? Bem, e daí que acho que está na hora de mudanças nas regras do futebol. Explico porque: o futebol de hoje se tornou cada vez mais físico e menos técnico. Isso favorece um esquema de jogo baseado em contra-ataque e torna o espetáculo muito mais feito. Além disso o espaço que um jogador cobre em campo aumentou drasticamente na útlimas décadas. Temos então que pensar em formas de reequilibrar essa balança físico x técnica.
A primeira forma seria o aumento do gol. Isso faria com que a vantagem do ataque sobre a defesa fosse maior e assim estimularia um estilo de jogo mais agressivo (no bom sentido do termo). Outra solução seria a retirada de um jogador de cada lado. Cada time jogaria com nove na linha e um no gol. Isso reequilibraria o espaço que um jogador cobre em campo e dificultaria estratégias defensivas. Um última possibilidade seria o aumento das dimensões mínimas do campo, porém esta é muito mais complicada de se por em prática.
Talvez a melhor forma de se resolver o problema é a adoção de várias medidas em conjunto. De qualquer forma acredito que o futebol sempre deve ter como objetivo o ataque, o gol, com a defesa só existindo para possibilitar o ataque. Infelizmente essa lógica foi perdida nos últimos anos.

Amanhã: Lost S06.E17e18 - The End!!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

24 horas próximo do fim...

Diversas séries chegando ao final nessa temporada. Das que eu gosto mesmo tem Lost, Law & Order (se não voltarem atrás de novo) e 24 horas.
Vou deixar as outras para serem comentadas após o final, porque eu ainda estou dando um voto de confiança para os srs. Carlton Cuse e Damon Lindelof e o Dick Wolf  não decidiu se Law & Order acaba ou não.
Tenho que ser sincero: comecei a ver 24 horas na sexta temporada, dublado, na Globo. Nunca tinha dado um voto de confiança a série. No máximo tinha visto algumas partes de episódios. Mas quando comecei a ver uma temporada do começo não parei mais e hoje posso falar: sou fã do Jack Bauer.
24 horas é uma série sensacional. Não só por todas as inovações na forma de contar a história e nem por conseguir contar essa história num intervalo de um dia, mas por conseguir prender a sua atenção. E olha que eles usam basicamente as mesmas estratégias para isso: o primeiro vilão nunca é o principal, sempre tem algum agente duplo  na CTU, capturam alguém que o Jack gosta muito, etc. Mas mesmo assim conseguem fazer sempre com algo diferente.
Alguns chegaram a acusá-la de apoiar a tortura e o governo Bush. Eu discordo. Quem acompanha a série percebe que ela trata muito mais da dificuldade de se previnir e/ou impedir um ataque terrorista e também dos sacrífícios que os agentes responsáveis por essa tarefa tem que fazer.
Só sei que nenhuma série hoje em dia consegue prender muinha atenção do jeito que 24 horas faz. Se deixar você acaba vendo a série em uma dia! Por isso a tristeza em ter que me despedir da série. Pelo menos este final está sensacional. Jack Bauer está terminando seus dias na TV do mesmo jeito que começou, sendo O cara. Só nos resta agora aproveitar essas últimas horas e esperar pelo filme que prometeram!

Obs: Em breve o final de Lost!

Frase da Semana

"A informática chegou para resolver problemas que antes não existiam."

(Anônimo)

Reestreia

Estou recomeçando o meu Blog. A última postagem tinha sido em 2008! Resolvi então apagar tudo e começar do zero. Se alguém vai ler eu não sei, se vão comentar muito menos. De qualquer jeito vou tentar de novo escrever sobre o que eu acho e que ninguém concorda. Conto com a ajuda e os comentários de vocês. Abração!