segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A "emocionante" rodada final...

Neste final de semana teremos a última rodada do campeonato brasileiro. Serão 10 partidas, sendo que:

1 não valerá absolutamente nada.
3 não valerão quase nada para um time (Sulamericana) e nada para o outro.
1 não valerá quase nada para os dois times (Sulamericana).
3 valerão alguma coisa para um dos times e nada para o outro (disputa do título).
2 os dois times precisam da vitória (Libertadores e rebaixamento).

Emocionante, não?

domingo, 28 de novembro de 2010

Xangô de Baker Street!!!


Acabei de reler o "Xangô de Baker Street", livro do Jô Soares. Foi muito bom, mesmo tendo relembrado quem era o assassino logo no começo do livro.

Mas podem ficar tranquilos, não vou contar nada que estrague a surpresa. Só tenho que dizer que o livro é excelente, consegue misturar ficção, lendas populares e história de forma incrível.

Além disso a história policial é muito bem montada, com uma narrativa engraçada e leve. O livro pode até parecer grande, mas as folhas grossas e a letra aumentada fazem com que se leia muito rápido.

Outro ponto interessante é se situar no Rio de Janeiro do final do séc. XIX, nos dando uma ideia de como era a então capital do império pouco mais de cem anos atrás.

Por fim, quem tem preconceito por que viu o filme e não gostou pode ficar tranquilo: o livro é infinitamente melhor!

Frase da Semana

"Ando devagar, mas nunca ando para trás".

(Abraham Lincoln)

sábado, 27 de novembro de 2010

Pontos Corridos x Mata-Mata

Antes do Rio de Janeiro virar um campo de batalha a grande discussão era (mais uma vez!) qual tipo de campeonato seria melhor: pontos corridos ou mata-mata. Todo fim de campeonato vem aquela mesma lenga-lenga. Alguns defendem um, outros defendem o outro. 

Os que defendem os pontos corridos tem alguns argumentos "interessantes". O mais ridículo eu ouvi dia desses: "esse formato é o usado em todos os grandes campeonatos da Europa!". A resposta para isso é bem simples: e daí?

Não vivemos na Europa, não temos um futebol com a capacidade econômica deles, nem com as mesmas características. Para se ter uma ideia da diferença, só em São Paulo ou no Rio de Janeiro nós temos mais times grandes do que no campeonato espanhol inteiro.

Eu pessoalmente acho que o campeonato de pontos corridos uma porcaria. Não adianta que não tem a mesma emoção, é muito diferente uma disputa direta com o outro candidato ao título de uma disputa contra outro time qualquer só para ganhar 3 pontos no último jogo e ser campeão. Isso sem contar que você tem que ir em uns 3 jogos para ter certeza que vai no jogo do campeonato.

Fora que a Sulamericana não motiva ninguém. Se olharmos a tabela veremos que no final apenas 5 ou 6 torcidas estão brigando por alguma coisa. Nem preciso dizer que para o restante do país encara o final do campeonato com um marasmo invencível.

Mas o que eu acho pior é a falta de estabilidade dos clubes grandes. Por termos muitos times nesta condição e o campeonato rebaixar 4 sempre tem algum perigando cair para a segunda divisão. Alguns acham isso algo excelente, mas tem um sérios problemas econômicos e políticos escondidos.

Economicamente isso é péssimo porque impede um planejamento eficiente. Mesmo clubes que tiverem um projeto e contrataram jogadores de qualidade podem ver todo aquele investimento ir por água abaixo numa luta contra o rebaixamento (vide o Atlético Mineiro este ano). Com isso os patrocínio vão oscilando e os clubes nunca conseguem se estabilizar.

Já políticamente o cenário é pior. Este esquema acaba beneficiando os times pequenos, que participam com muito mais frequência da 1ª divisão, uma vez que 4 clubes sobem. Isso faz com que a CBF consiga uma base de apoio maior (já que o voto é por clube, independente da sua expressão ou tamanho) e se torne imensamente mais forte que os clubes.

O resultado nós já sabemos. Temos a maior seleção do mundo, com patrocínios e estruturas milionários, enquanto os clubes ficam mendigando cotas de TV. Óbvio que o campeonato de pontos corridos não é o único culpado, mas vem sendo usado para manter tudo como está.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Caminho Certo Tem Sempre Algumas Pedras...


Eu ia falar neste post sobre futebol, mas a situação do Rio de Janeiro me fez mudar de planos. Já são inúmeros atentados em toda a cidade. Isso mesmo atentados. O que está acontecendo nada mais é do que terrorismo. Bandidos acuados pela ação do Estado resolveram contra-atacar ante a perda dos seus refúgios.

As favelas sempre foram não só refúgio, mas verdadeiros territórios paralelos controlados não pelas leis nacionais, mas pelos traficantes, bandidos, milicianos e malfeitores em geral. Tropa de Elite que o diga.

Depois de décadas de abandono resolveram fazer algo: as UPPs. Vou ser sincero: sempre fui muito cético. Achava que se tratava de mera demagogia, instrumento para se dizer que fazia alguma coisa, quando na verdade nada era feito. Relato o caso de uma favela em Niterói que tem um batalhão dentro dela. Quando o capitão era honesto o morro não tinha bandido, quando ele era corrupto o morro voltava a ser dominado pelo tráfico (em troca de "um por fora").

Para mim só um acontecimento me faria acreditar nessa nova política, os bandidos começarem a se rebelar. Só posso conceber que uma política que reprima bandidos funcione quando eles começarem a brigar pelo espaço perdido. 

E isso está acontecendo. Ninguém pode ser tão inocente a ponto de achar que o Rio conseguiria ser pacificado sem muita violência antes. Só podemos esperar que a reação das autoridades seja suficiente para que a normalidade volte ao Estado. Eu acredito que seriam necessárias medidas mais enérgicas, envolvendo Força Nacional de Segurança, militares, Ministério da Justiça, etc.

Mas pelo menos algo está sendo feito, o que, perto da nossa história de inércia e apatia, já é um grande avanço.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

Star Wars - Clone Wars: 3ª Temporada


Estou vendo a terceira temporada de Star Wars - Clone Wars, mas estou um pouco desapontado. Esperava que como nas outras essa temporada fosse centradas nos caras aí em cima (Mace Windu, Obi Wan, Anakin e Yoda).

Mas tem sido sobre a Ahsoka, Padmé e os soldados clones. Por causa disso ainda não me empolgou como nas outras temporadas. Vamos ver se melhora nos próximos episódios...

Frase da Semana

"No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise". 

(Dante Alighieri)

sábado, 20 de novembro de 2010

Crítica: Harry Potter 7 - Parte 1



Com spoilers!

Acabou que eu consegui ver a primeira parte de Harry Potter e as Relíquias da Morte na estreia! Foi muito legal, o único problema foi entrar para ver o filme. É impressionante a confusão que o Cinemark faz para que a gente consiga entrar na sala! Um dia eu vou escrever um post só para reclamar deles.

Bem, o filme me agradou. Tirando algumas pequenas alterações na história (a Edwiges morre de um jeito diferente no começo do filme por exemplo) foi bem fiel ao livro. É sempre muito legal ver na tela (principalmente do cinema) aquilo que só existia como letras de um livro e imagens na sua imaginação.

Mas parece que dessa vez o filme foi feito para quem já tinha lido os livros. Muita coisa não é explicada e é tratada como se fosse de conhecimento de quem está vendo o filme.

Além disso mantém um problema de todos os filmes da série. A série de livros foi um grande sucesso pela capacidade de fazer o leitor criar uma relação quase pessoal com os personagens. Isso é feito através do cotidiano da vida deles. No filme esse cotidiano tem que ser acelerado é até cortado e com isso a emoção não é mesma.

Explicando melhor, toda a angústia do Harry com o Dumbledore, por exemplo, fica algo muito mais superficial neste filme. Isso faz com que as respostas tenham um impacto muito menor quando descobertas.

Mas nada disso impede que o filme seja muito bom. Lógico que o ápice da história virá na parte 2! Mas recomendo, principalmente para quem é fã de Harry Potter como eu!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

HP7 - Parte 1


Amanhã estreia HP7 - Parte 1 e eu não vou conseguir ver na estreia de jeito nenhum, mesmo estando muito ansioso para ver. Com sorte ainda semana que vem.

Muitas expectativas! Será que o filme será fiel ao livro? Onde será que eles vão terminar a parte 1?

Quando vir eu digo o que eu achei!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Trailer do Filme do Lanterna Verde

'O mundo da política, no Brasil, é um teatro'


Excelente entrevista com Fabio Konder Comparato publicada pela Tribuna do Advogado da OAB-RJ, vale a pena conferir:

Professor emérito da Faculdade de Direito da USP, Fábio Konder Comparato dedica-se, há muitos anos, a refletir sobre a ideia de Justiça e sua aplicação em nossa sociedade. Alguns desses estudos, erigidos sob a forma de artigos, discursos e conferências, estão reunidos no livro Rumo à Justiça, que acaba de ser lançado pela Editora Saraiva. Na obra, Comparato aponta contradições entre o princípio da Justiça e o sistema capitalista, e estende a análise para o campo político, sustentando que a democracia no Brasil é um embuste. "O mundo da política, neste país, é um teatro", afirma o jurista, que concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA.


Por Marcelo Moutinho


Dos diferentes textos reunidos no livro, depreende-se um olhar crítico para o que senhor chama de "apogeu da civilização capitalista". Por que esse momento seria radicalmente contrário ao princípio de Justiça?

Comparato - A Justiça, em seu aspecto subjetivo, é o altruísmo comunitário, isto é, o respeito ao bem comum, sempre acima dos interesses particulares. Objetivamente, uma sociedade é justa quando garante uma igualdade fundamental de vida para todos. O capitalismo é exatamente o oposto. Subjetivamente, é a busca exclusiva do interesse próprio. Sob o aspecto objetivo, é a instauração de uma desigualdade fundamental na sociedade, pois o capitalista trata os que se acham sob seu poder, notadamente os trabalhadores e os consumidores, não como seres humanos e sim como mercadorias; eles não têm dignidade, têm preço. Com a expansão mundial do capitalismo, criaram-se países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Hoje, concluída a globalização capitalista, surgiram enormes desigualdades sociais dentro dos próprios países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a crise de 2008, ainda não superada, empurrou quase quatro milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza. Eis por que afirmei haver o capitalismo atingido o seu apogeu no sentido etimológico; isto é, a sua fase de maior distanciamento da Terra (em grego, "apo - gê") e da vida.

Já na apresentação, o senhor salienta que, no Brasil, vigora uma duplicidade de ordens jurídicas: uma externa, que se harmoniza com as exigências universais de Justiça, e outra, encoberta, que consagra privilégios. Como resolver essa contradição?

Comparato - Essa duplicidade de ordens jurídicas corresponde ao caráter dúplice do nosso povo, em ambos os sentidos da palavra: duplicado e dissimulado. No fundo, é a generalização da velha mentalidade do senhor de casa grande. Quando ele vinha à cidade, elegantemente vestido, tratava a todos com afabilidade e polidez. Voltando ao seu domínio rural, porém, retomava incontinenti seu comportamento natural de mandachuva grosseiro e egoísta. No meu entender, as mentalidades sociais só se transformam lentamente, não por força das leis, mas pela educação. Acontece que na hodierna sociedade de massas, a educação social e, por conseguinte, a mudança da mentalidade coletiva, faz-se sobretudo pelos meios de comunicação de massa: a imprensa, o rádio, a televisão e a internet. Ora, salvo esta última, os demais meios de comunicação social acham-se, neste país, submetidos a um oligopólio empresarial, que tem, ele próprio, esse caráter dúplice: exteriormente, defende a liberdade de expressão; mas na realidade apropria-se dos canais de comunicação públicos, isto é, pertencentes ao povo, para a defesa dos seus interesses privados.

O senhor também afirma que "a democracia representativa no Brasil é um embuste". Por quê?

Comparato - Porque o mundo da política, neste país, é um teatro, em que os eleitos não representam o povo, mas representam (o seu papel teatral) perante o povo, colocado na plateia. Nas eleições, o povo tem o direito de escolher alguns atores, mas não as peças a serem representadas. E os atores prestam mais atenção às instruções vindas dos bastidores, onde se alojam os "donos do poder", do que aos eventuais protestos dos espectadores. Para superar esse embuste, é indispensável criar mecanismos constitucionais que possibilitem o surgimento de uma soberania popular efetiva, em lugar da meramente retórica que temos hoje. Penso na aprovação direta pelo povo da Constituição e de suas emendas. Até hoje, o Congresso já emendou 70 vezes a Constituição de 1988; o que perfaz a apreciável média de mais de três emendas por ano. Mas em nenhuma dessas ocasiões o povo foi consultado para dizer se aprovava ou não tais emendas. Penso também na realização de referendos e plebiscitos sem autorização do Congresso Nacional (como exige absurdamente a Constituição Federal em seu art. 49, inciso XV). Penso na introdução do recall ou referendo revocatório de mandatos eletivos. Tais propostas estão na parte final do meu livro. Acrescento ainda o orçamento participativo obrigatório e as ouvidorias populares, inclusive no controle do funcionamento administrativo dos órgãos judiciais.

Há, também, um capítulo com homenagens a Luiz Gama, Evandro Lins e Silva e Antonio Candido. Por que a escolha desses três nomes?

Comparato - Porque cada uma dessas personalidades de escol encarnou, pela sua vida exemplar, um modelo de Justiça. Esses homens ilustres devem, pois, ser venerados e seguidos pelas novas gerações de brasileiros.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fórmula 1


Faz tempo que eu não posto aqui sobre fórmula 1. Não me empolga mais. Na verdade desde o Senna não me empolga mais. Mas tem piorado. Hoje nem vi a corrida, só vi quem ganhou.

Um dos motivos que me levavam a isso é a falta de emoção. As corridas andavam muito previsíveis. O cara largava em primeiro e se não batesse ou a equipe fizesse besteira ganhava. O hoje em dia melhorou um pouco. Mas nada que me faça querer acompanhar de novo.

Mas o pior de tudo é essa mania de querer fazer os outros de palhaço! Todo ano tem pelo menos uma história de manipulação de resultado. E o pior é no final ninguém ser punido. O mais incrível é que já estão até querendo autorizar um piloto da equipe deixar o outro passar. Ridículo!

Era mais fácil torcer para a seleção do Dunga do que ver corrida hoje em dia!

domingo, 14 de novembro de 2010

Frase da Semana

"O sábio, com suas boas qualidades de caráter, presta auxílio a todos e a tudo que o rodeia".

(China In Box)

Law & Order - Los Angeles


Acabei de ver o piloto do novo spin up de Law & Order. Este novo seriado se passa em Los Angeles e tem um ritmo mais leve e ensolarado do que os outros 3, que se passam em Nova Iorque.

Gostei deste primeiro episódio. Nada que fosse espetacular, mas temos que dar uma chance para os próximos. Me pareceu que Law & Order foi temperado com um pouco de CSI Miami!

Mas para quem gosta de seriados de polícia/direito acho que vale a pena tentar. 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Frase da Semana


"Rara felicidade deste tempo, onde é permitido pensar o que se quiser e dizer o que se pensa."


"Os homens apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um peso e a vingança, um prazer."


"Os chefes são líderes mais através do exemplo do que através do poder."


"A marca do escravo é falar a língua dos seus amos."


"A sinceridade e a generosidade se não forem temperadas com moderação conduzem infalivelmente à ruína."


"Muitos dos que parecem estar lutando contra a adversidade são felizes; muitos, em meio a grande afluência, são totalmente infelizes."


"Até no melhor dos homens, o desejo da glória permanece mais tempo do que qualquer outra paixão."

Públio (Caio) Cornélio Tácito (em latim Publius (Gaius) Cornelius Tacitus) ou simplesmente Tácito, (55 - 120 d.C.), historiador romano, foi questor, pretor (88), cônsul (97), procônsul da Ásia (aproximadamente 110-113) e orador.